Como se Libertar da Masturbação ?
1 – Primeiramente é importante conscientizar-se que você não é um pervertido, nem um desequilibrado. Como dito anteriormente, hoje os estímulos e incentivos são muitos, que levam o jovem a iniciar a prática sem ter total ciência do que é melhor para si mesmo. A moral e ensinamentos católicos não servem para condenar, mas sim para, iluminar, informar, conscientizar e orientar. Por isso mesmo que o Catecismo da Igreja Católica diz: “Para formar um justo juízo sobre a responsabilidade moral dos sujeitos e orientar a ação pastoral, dever-se-á levar em conta a imaturidade afetiva, a força dos hábitos contraídos, o estado de angústia ou outros fatores psíquicos ou sociais que minoram ou deixam mesmo extremamente atenuada a culpabilidade moral” (CIC, art. nº 2352). Quem entrou nessa, provavelmente entrou sem conhecer, ter uma experiência com Cristo e o que Ele designou para cada um de nós, sem conhecer o amor verdadeiro e as formas de amar verdadeiramente.
Tenha calma consigo mesmo. Não desanime!
2 – O vício ou chamada compulsão, será sempre algo gravado em nosso íntimo. Como um registro feito em nosso ser. Para exemplificar imagine uma folha em branco que alguém vai e lhe faz uma marcação em alto relevo. Esta impressão estará para sempre ali, mesmo que se escreva, tente alisar, apagar o local. Assim é o vício em nosso intimo, começa a fazer parte de nós mesmos.
O viciado estará sempre suscetível ao objeto de seu vício. Só para se ter ideia, os Alcoólicos Anônimos “AA” recomendam a pessoa continuar indo as reuniões mesmo depois de ter parado de beber e a evitar o primeiro gole, porque sabem que o vício, o gosto pela bebida estará presente sempre, e que mesmo depois de um processo de restauração, a pessoa pode recair. Portanto, não há como arrancar simplesmente a compulsão pela masturbação, faz-se necessário tratar por meio de um processo. Na maioria dos casos, a pessoa terá que ir se desvencilhando aos poucos. E não venho relatar isso para que você esmoreça, mas como alerta para que não desanime se após sua decisão de parar com isso, você venha a cair, volte a fazer uma vez ou outra. O importante é não desistir de si mesmo. É possível vencer mesmo que estejamos marcados pelo nosso passado. Deus acredita em você!
3 – Todo vício tem como que um mecanismo ativador, uma chave de “start”. Preste a atenção em uma atitude, um gesto que aciona a vontade. Para muitos viciados em cigarro, esse “start” pode ser o cafezinho, para o alcoólatra pode ser um momento de mínima ansiedade. Em quem se masturba, pode ser o girar da chave do banheiro ou do quarto, acomodar-se em uma posição para dormir, uma cena na TV, a lembrança de uma moça avistada durante o dia, também a ansiedade, angustia ou medo. Então, tente se livrar desse ativador. Se você costuma fazer em algum cômodo da casa, ao trancar a porta, você se sentirá a vontade, então deixe-a fechada, porém destrancada, mesmo que for para tomar banho ou se trocar. Na maior parte do tempo estarão só os seus familiares em casa, e provavelmente não terá problema nenhum em eles lhe verem rapidamente sem roupa. Se essa “chave” é uma lembrança ou ansiedade, angustia e medo, sente-se, respire fundo várias vezes, tranquilize-se e tente pensar em outras coisas. E elimine toda e qualquer forma de pornografia e o que mais te faz ter fantasias. Se preciso desfaça-se de seu computador, televisor, etc. Revistas então, com toda propriedade lhe digo, jogue fora.
4 – Queira resistir o máximo, fique firme em sua decisão. Use de artifícios a sua volta para não ceder. A prática de um esporte ou em deter a atenção em algo novo podem ajudar em tirar seu foco do vício.
As vezes, precisamos de atitudes heroicas. Se você estiver no calor do desejo, quase entregando os pontos, tome uma ducha fria, independente do clima, se frio ou calor em sua região. São Francisco de Assis quando muito tentado, se jogava ladeira abaixo na neve até seu corpo parar num pé de roseira. O heroísmo faz parte da vida dos santos.
Na hora da maior vontade durante a noite, levante-se a vá rezar – a oração do terço ajuda em muito (Nossa Senhora disse aos pastorinhos em Fátima que “não há problema de ordem PESSOAL, familiar e social que a recitação do rosário não venha a ajuda em muito”. Nossa mãe Maria está ao nosso lado.
5 – Confessar-se quantas vezes for necessário.
Por mais que você fique com vergonha do sacerdote, saiba que ele está no confessionário para te absolver e não para te condenar ou lhe dizer absurdos. Ainda mais se você for muitas vezes, o padre saberá que é uma fraqueza sua, mas que você está lutando e dentro desse processo. Se quiser, e ele não souber, leve este artigo para ele, em que explica que um vício é vencido através de um processo.
Confie na misericórdia de Deus manifesta no sacerdote.
O sacramento é um remédio espiritual, portanto um antídoto do Céu no qual não podemos ficar sem.
Esses cinco pontos que relatei são a parte, digamos, mecânica do processo. Atitudes que podem controlar o ímpeto, mas não acaba aí, os artifícios que usamos para fugir das situações de pecado não são suficientes, pois a potencialidade ainda está doente em nós. Queira sanar completamente os afetos. É preciso tratar a causa.